"Os respingos do pincel revestem meu rosto...não sou pintor" Michelangelo, sobre a pintura do teto da capela Sistina.
Michelangelo Buonarroti, nasceu em Caprese (Itália) 1475 e morreu em Roma 1564.
O escultor Michelangelo, foi chamado pelo papa Júlio II para pintar a abóbada da capela Sistina; construída por iniciativa do papa Sisto IV, daí o nome: SISTINA. A capela apresentava rachaduras causadas pela instabilidade do terreno pantanoso, sobre o qual a capela havia sido construída, o teto era pintado de azul e adornado de estrelas douradas...Muito a contragosto o prodigioso escultor e extraordinário pintor, desenhista, arquiteto, Michelangelo aceitou o desafio de pintar, pois era escultor, não pintor. Era no ano de 1508 quando deu início praticamente sozinho ao árduo trabalho, foram 4 anos em cima de uma andaime à 20mts de altura, fazendo o "fresco" - uma técnica muito difícil, a pintura é feita na superfície de camada de gesso/argamassa úmida/molhada qua absorve rapidamente os pigmentos da tinta à base de àgua, tendo que ser rápido e preciso, pois esta técnica não permite correção. Sendo ele escultor, pois só havia pintado a Sagrada Família (C.1503-04), conhecida como Tondo Doni, um óleo sobre madeira em formato redondo (Tondo) era o nome dado a pintura circular em italiano, encomenda de Agnolo Doni, rico tecelão de Florença. A pintura afresco da capela Sistina inclui cerca de 300 representações desenvolvidas em mais de mil metros quadrados. Foi organizada em 3 cenas sobrepostas: as lunetas, os espaços triangulares e a central; a parte central da abóbada foi dedicada à apresentação de nove histórias do Gênesis dividida em 3 grupos: A separação da luz e das trevas, a Criação do sol e da lua e a Separação das àguas e da terra.
No segundo, figuram: A criação de Adão, A criação de Eva e O pecado Original.
No terceiro estão o Sacrifício de Noé, O dilúvio e a embriaguez de Noé, estas cenas estão ladeadas por ignudi - figuras masculinas nuas - que sustentam dez grandes medalhões com cenas do livro dos Reis.
Entre as lunetas Michelangelo, alterna profetas e Sibilas (profetisas); em lados menores situam-se sobre o altar figuras de Zacarias e Jonas considerados por Mateus e Lucas um prenúncio do Messias.
Nos oito triangulos das lunetas estão os antepassados de J.Cristo., nos extremos os quatros triangulos mostram imagens do Velho Testamento e histórias de Israel: Judite e Holofernes, Davi e Golias, a Serpente de Bronze e O Suplício de Aman.
Todo este expledor de pintura tive a oportunidade de ver por duas vezes, na primeira fiquei extasiada, boba mesmo! não acreditava que estava alí na capela Sistina vendo tudo aquele esplendor!!na segunda vez, foi mais calmo, observei mais, ví mais, encantei me ainda mais...Passaram se 500 anos e continua alí, magnífica!!!. Ela hoje é admirada por 5 milhões de turista do mundo todo a cada ano. Em 2041 comemorará outros 500 anos do afresco Juízo Final (1536-41) de Michelangelo Buonarroti, nas paredes do altar da capela Sistina com cerca de 400 personagens, onde se mistura catolicismo e paganismo, numa obra de encher os olhos...Para Michelangelo, o dia da ressurreição será o momento em que a beleza física dos bem-aventurados será uma manifestação da glória de Deus no mundo, para ele a beleza humana é reflexo da beleza divina.Nas pinturas os corpos retorcidos e nus causaram escândulo, em 1564 o papa Paulo IV ordenou a Daniele de Volterra cobri-los.
Os corpos só recobraram sua nudez e seu esplendor originais a partir de 1980 quando o papa João Paulo II, permitiu à restauradores que fizessem a limpeza das tintas, assim podemos ver e agradecer à Deus e novamente saudar MICHELANGELO como "Il divino Michelangelo".
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